30.12.05

Ano Velho... Ano Novo


o ano novo está a chegar
Vive e constroi 2006!

Quando era pequena ofereceram-me um livro que se chamava "Quem faz hoje anos". Basicamente era uma agenda de aniversários, ilustrada e com alguns pensamentos e provérbios, sobretudo relativos aos meses.
Hoje faz anos alguém que mudou a minha vida. Às vezes nem sei se para melhor, se para pior... mas decididamente mudou-a.
Há quem diga que as verdadeiras histórias de amor têm sempre um final triste... não sei se esta era verdadeira ou não... não sei se isso é verdade ou não... mas se aquele foi o final e a frase é verdadeira... foi amor, foi.

Ah... é claro... Parabéns!

19.12.05

filme


hoje vi um filme que contava a história de uma mulher que estava muito ocupada para manter um relacionamento, depois, numa disputa profissional conhece uma pessoa completamente diferente dela própria e que por essa mesma razão a deixa desconcertada e a cativa... no meio de uma tarefa profissional em que é suposto serem opositores um do outro, depois de uma bebedeira casam-se, e acabam por ter de manter as aparências do seu casamento. Ele está desde o inicio consciente do sentimento que sente por ela. Ela, com a sua indecisão e insegurança, não.
Voltas e voltas depois, acaba por descobrir que o padre que os casou numa festa não é na realidade padre e que o casamento que era de fachada, mesmo não sendo, nunca existiu... é nesse momento que ela descobre que esteve casada com o homem da sua vida.
Como esta é uma pelicula "made in Hollywood" obviamente acabam "felizes para sempre" (o para sempre julgamos nós...).
Na vida real também existem mulheres ditas bonitas e inteligentes e igualmente inseguras e tão ocupadas que não têm tempo para um relacionamento... pena a vida não ser um filme.

15.12.05

a cor dos dias

"Ter Cristo em nós , sempre acordado, é uma presença vital que nos qualifica a vida e, mesmo aqueles que não acreditam na divindade de Cristo devem sentir e saber que uma vida feita à sua imitação nos dá mais luz. É um grande mal da história isto de andar por aí com quase tudo apagado."

António Alçada Baptista

13.12.05

poema

um dia escreveram para mim este poema... é bonito quando escrevem estas coisas a pensar em nós...

O amor é cego, já dizia Shakespeare...
pena, pois nunca vai encontrar o brilho e as cores que o teu espírito liberta...
quando as tuas suaves e perfumadas pétalas se abrem na tua Primavera...
Quando o meu olhar te encontra vejo um arco-íris de mil e uma cores...
O pérfido vermelho que pinta os teus lábios
que me deixam plenos de desejo...
parecendo dois morangos beijando-se em plena Primavera...
O misterioso castanho dos teus olhos
Parecem conter o infinito...
Pura ilusão, são apenas dois toques da arte de Zeus
que me levam à loucura...
O azul do teu sorriso...
quase não tenho palavras para o descrever.
É como se o brilho ofuscasse completamente o Sol
e te pusesse num lugar impossível de alcançar...
Por fim... o teu corpo...
Três pinceladas de perfeição e duas de magia
que embriagam o meu espírito
consumindo-o de desejo,
tirando-me o fôlego, cada vez que sonho contigo...
Sonho contigo, tu serás a minha Morte.
Tu oh deusa doOlimpo
que transformas gelo em fogo e a mais dura rocha em flor...

9.12.05


"quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos"

4.12.05

Começou...


Começou oficialmente a época natalícia... fiz ontem à noite a minha árvore de natal, acabei-a apenas hoje porque haviam uns quantos enfeites de Natal que estavam desaparecidos. Gosto muito desta época do ano. Parece que toda a gente está predisposta para fazer o bem aos outros. Ontem fui, com um grupo de jovens a um lar realizar uma festa de Natal para aqueles que já deram muito na vida e que agora têm infelizmente muito pouco a receber. Pena que não estejamos sempre dispostos a fazê-lo... mas foi muito bom chegar lá e trazer emoções à vida daquelas pessoas. Foi bom ver como eles se prepararam para nos receber, fazendo-nos um presentinho de Natal (as avós, mesmo as que não são as nossas têm sempre um jeito especial para os lavores). Foi bom ver o carinho.
Gosto do Natal... gosto do pinheiro, do frio, das luzes... gosto de entrar em milhares de lojas à procura do presente perfeito... de fazer listas de Natal, de alterar listas de Natal, de comprar vários presentes para aquela pessoa especial, porque todos tinham a cara dela e não me consegui decidir por nenhum... gosto das festas de Natal, da lembrança do menino que veio ao mundo morrer por mim... o Natal devia mesmo ser quando o Homem quisesse... e o Homem devia querer todo o ano.

19.11.05

o significado dos nomes

Dizem que cada nome tem um significado... há quem diga até que o nosso nome influencia quem somos...
não sei se isso será verdade, mas confesso que sempre tive alguma curiosodade quanto ao significado daquilo a que nos chamam e que nós reconhecemos como nosso. Por exemplo, sempre gostei muito d nome "diogo", sempre achei que, no dia em que tivesse um filho, lhe daria esse nome... até ao dia em que soube que "diogo" é um dos nomes que dão ao "diabo". A consciência desse facto fez com que uma palavra que para mim era sonora e bonita, passasse a ser indesejável e à qual eu jamais queria estar de certa forma ligada. Continuo a gostar muito dos meus amigos e primos "diogos"... mas já não é a mesma coisa.
De qualquer forma... gosto de saber o significado dos nomes... curiosamente, acho que o meu nome tem algo a ver comigo... apesar de ser muito melhor do que eu sou.
Para quem quiser saber:

"Sara"

Sara tem algo de irreal, de mágico, de enigmático. Esta mulher extremamente intuitiva e feminina, possui uma vida interior das mais intensas e misteriosas. A sua grande preocupação é o amor, dos outros, pelos outros e por si própria.
Se é fácil descrever Sara, é difícil explicá-la. Sara é como algo fantástico, uma imagem irreal, que encontramos numa bela noite de Verão; ficamos deslumbrados e estupfactos ao mesmo tempo, perguntamo-nos se será real e não contamos a ninguém com medo que não nos acreditem.

14.11.05

o meu primeiro beijo

ontem fui passear a Sesimbra... e com esse passeio encontrei um rapaz que já não via à algum tempo... o david. O david tem um coração do tamanho do mundo, uma ingenuidade tremenda e infelizmente também um ligeiro atraso que faz com que faça e diga sempre aquilo que pensa e deseja. Sempre me tratou muito bem, sempre me falou, era até às vezes um bocado despropositado... ontem quando o vi, não me reconheceu. Falei-lhe e assim que soube quem era deu-me um grande abraço... daqueles que as crianças nos dão quando têm muitas saudades nossas...
o david é irmão de uma pessoa que vai ficar sempre marcada na minha lembrança com um grande, grande carinho... o ricardo.
O ricardo era um rapaz muito simpático, muito popular, inteligente... mas claro... com tudo isto também... pintas.
Nos meus 13 anos tive uma grande grande paixão pelo ricardo... ele também gostava de mim... mas a concorrência era tão feroz (aos 13 anos lutamos mesmo por aquilo que queremos... bem mais do que com 25) que ele se deixava ludibriar com todas as outras raparigas (umas delas, diga-se de passagem bem mais giras do que eu...).
Lembro-me de uma carta que lhe escrevi em que fui realmente muito má... era no tempo em que dizia tudo aquilo que pensava... que achava e nem me preocupava muito se por acaso estava a exagerar ou se me estava a expor... dizia e pronto... então expus-lhe a minha opinião a respeito da nossa amizade colorida... e a respeito das amiguinhas todas que ele tinha e que me deixavam morta de ciumes... a verdade é que passado pouco tempo ele me pediu para namorar com ele (afinal a verdade compensa e hoje em dia tenho tanta dificuldade em dizer tudo o que penso...).
Era tudo o que eu mais desejava, mas naquela altura tremi que nem varas verdes... obviamente disse que sim... como é que ia dizer que não àquele rapaz com cara de Tom Cruise de quem eu gostava à tanto tempo... mas morria de medo...
ele era mais velho que eu... tinha 16 acho... e deu-me um beijo...
foi um beijo inocente... um "selinho" como dizem os nossos irmãos brasileiros, expressão bem mais feliz que o português "chocho"... só me deu aquele beijo, porque lembro-me que fugi a 7 pés dele... fui-me embora de Sesimbra sem sequer me despedir dele... inventei que os meus pais me tinham ido buscar e tinha de me ir embora... mas ainda hoje me lembro daquele beijo dado às escondidas debaixo da janela do quarto de um amigo nosso que morava lá...ainda me lembro dos nossos olhares cumplices e da forma como o meu coração batia a 1000 à hora cada vez que os nossos olhos se cruzavam...
nunca mais soube nada do meu amigo ricardo... ainda nos escrevemos entretanto (sim... isto no tempo em que os ctt eram os maiores aliados dos amores de verão) mas sinceramente não me lembro de nenhuma dessas cartas... sei que entretanto ele tirou um curso de engenharia (acho que mecânica) com belíssimas notas... mas nunca mais o vi.
Gostava de rever o ricardo... gostava...

11.11.05

tempo de mudança


Ontem tive mais um jantar de despedida... ou de até logo, não sei bem. A verdade é que com o final da vida académica, uma nova geração de arquitectos se está a espalhar por este mundo fora... uns longe, outros mais perto, a verdade é que nestes ultimos meses os jantares de despedida têm sido mais que muitos... é um daqueles ciclos que se fecham...
é sempre estranho quando fechamos uma porta na nossa vida... ficamos sempre com aquela sensação de "e se..."
e se tivesse sido diferente, quais as coisas que não fiz... quais aquelas que ainda vou a tempo de fazer... será que nos vamos voltar a ver um dia, será que as amizades, amores, desamores, ligações que construímos na faculdade se vão manter para a vida ou serão apenas mais uma página que escreve a história da nossa vida?
Há pessoas que quando me despeço delas fico com um aperto enorme no coração... uma dúvida que se instala...aquela eterna pergunta do "e se tivesse sido diferente?" Ontem foi um desses dias...
há pessoas que entram de mansinho na nossa vida e quando nos damos conta... fazem parte de nós.

... a ti, desejo-te as maiores felicidades. e desejo que um dia esta dúvida que tenho se possa desvanecer...

9.11.05

ensina-me a voar... disse ela.
quero ir ver o mundo contigo...
ensina-me a voar...

"Que eu não veja empecilhos na sincera união de duas almas. Não, amor não é o que encontrando alterações se altera ou diminui; se atinge o desamor.
Oh, não! Amor é esse ponto assaz constante que ileso os bravos temporais defronta. É a estrela guia do baixel errante, de brilho certo, mas valor sem conta.
O amor não é jogral do tempo, embora em seu declíneo os lábios nos entorte.
O amor não muda com o dia e a hora, mas persevera ao limiar da morte.
E, se se prova que num erro estou, nunca fiz versos, nem jamais se amou."

Só no tempo de Shakespeare se amava assim... hoje em dia já não existem paixões sem fim, dessas que nos cortam o ar e nos toldam os sentidos... hoje em dia amor é ajuste, é decisão, é conveniência pura e dura.
Ou talvez seja uma romântica tola que ainda quer acreditar nas histórias de amor. Que ainda podem haver histórias de amor...

6.11.05

porquê?



Às vezes não percebo os homens... a sério que não. Eles também não me percebem... Porque é que insistimos em relações em que as pessoas não se entendem?
Porque é que desejamos quem não podemos ter? Porque é que o amor é tão complicado???
Quando é amor...
Ben Kingsle disse que "o difícil não é fazer o que é certo. O difícil é saber o que é certo. Porém, quando se sabe o que é certo o difícil é não fazê-lo". Mas quando o assunto é amor, sentimento, paixão, desejo, as coisas mudam de figura... Temos vontade de fazer a nossa vontade, não o que é certo, e continuamos sempre com vontade de fazer o que nos apetece, sem olhar ao que é certo ou errado... quando por alguma razão fazemos "o que é certo" não é fácil... nunca é fácil quando o assunto é feito de duas pessoas que se atraem.
Mas também... o que é que é certo? Quando o assunto é amor... nunca sei muito bem...

3.11.05

Vai aonde te leva o coração



"Quando te sentires perdida, confusa, pensa nas árvores, lembra-te que uma árvore com muita ramagem e poucas raízes é derrubada à primeira rajada de vento, e de que a linfa custa a correr numa árvore com muitas raízes e pouca ramagem. As raízes e os ramos devem crescer de igual modo, deves estar nas coisas e estar sobre as coisas, só assim poderás dar sombra e abrigo, só assim, na estação apropriada, poderás cobrir-Te de flores e frutos."

Susana Tamaro

1.11.05

250 anos depois...




Há 250 anos atrás Lisboa acordou diferente... aliás... há 250 anos atrás Lisboa acordou... um dia como qualquer outro, um dia normal. Dia de ir à missa, rezar pelos mortos, estar mais perto de Deus...
Há 250 anos atrás, Lisboa acordou... e a terra tremeu.

Não nos apercebemos da força adormecida da natureza, não temos noção de quantos são os nossos dias e de como um dia normal se transforma em segundos, em minutos em tragédia.
Há 250 anos a terra acordou e destruiu Lisboa. Lisboa entrou para a história dos mais destruidores terramotos.

"Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos."
Luis Vaz de Camões
Há 250 anos atrás Lisboa foi devassada e reconstruida de novo. Felizmente a natureza tem-nos poupado de novo teste... fica a questão:
Será que aprendemos com a história?

Também neste crepúsculo

Também neste crepúsculo nós perdemos.
Ninguém nos viu hoje à tarde de mãos dadas
enquanto a noie azul caía sobre o mundo.

Olhei da minha janela
a festa do poente nas encostas ao longe.

Às vezes como uma moeda
acenda-se um pedaço de sol nas minhas mãos.

Eu recordava-te com a alma apertada
por essa tristeza que tu me conheces.

Onde estavas então?
Entre que gente?
Dizendo que palavras?
Porque vem até mim todo o amor de repente
quando me sinto triste e te sinto tão longe?

Caiu o livro que sempre pegamos ao crepúsculo,
e como um cão ferido rodou a minha capa aos pés.

Sempre, sempre te afastas pela tarde
para onde o crepúsculo corre apagando estátuas.

Pablo Neruda

mais uma frase



O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas incomparáveis e pessoas incomparáveis.

Fernando Pessoa


Sempre fui uma pessoa institiva... o que de vez em quando me tem trazido alguns dissabores... acho que com o passar do tempo penso mais nas coisas, não hajo apenas com o coração e progressivamente essa minha faceta tem vindo a perder preponderância, fazendo com que, no duelo entre coração e razão, o segundo tenha vindo a ganhar cada vez mais terreno...
Acho bonita a altura em que achamos que tudo é possivel para quem ama e que de facto o amor move todas as montanhas... à medida que o tempo passa, à medida que a vida passa por mim, tenho-me dado conta que esse tipo de amor, que transforma tudo, incluindo nós mesmos, que faz com que as nossas pernas tremam e que fiquemos de tal forma anestesiados que o achamos que o limite é apenas o céu é cada vez mais raro...
tenho saudades dos amores loucos, que nos fazem sentir estupidos e que fazem com que pareçamos a todos os outros tontinhos, porque esse é o amor que vale a pena... aquele que nos absorve e que nos faz acreditar que é para sempre...
Nem é tanto porque seja realmente... é mais porque se vive de facto esse momento de uma forma totalmente intensa! Com tudo o que somos! Com todas as nossas forças! E o amor tem de ser vivido assim... não têm piada os romances que vivem no limiar do aceitável. Apenas aqueles que são totais.
Falo assim, mas acho que sou a primeira a não conseguir entregar-me de corpo e alma ao amor. Não sou capaz de sofrer, até ao ponto em que se julga que não há maior sofrimento, não sou capaz de me expor, de tal forma que olhem para mim e julguem que sou totó... não sou capaz.
Não há como as primeiras paixões... não há como o primeiro amor... não porque seja o maior, o mais forte, o mais... não há como o primeiro amor porque é a novidade. Porque não sabemos ler os sinais e agir em conformidade... agimos só... como achamos, como queremos, sem pensar. Porque achamos que podemos tudo... e normalmente, não podemos nada.

29.10.05

rotina

A rotina instala-se sobre nós mesmo sem percebermos como... vem devagar, de mansinho, como um ladrão à procura de entrar num espaço alheio sem que o proprietário se dê conta...
Todas as coisas que deixamos entrar na nossa vida sem nos darmos conta dela são tremendamente perigosas... estão lá, submersas, quase escondidas que nos é dificl darmos conta da sua existencia. Vão lentamente, como uma mancha ocupando espaços e espacinhos que estão desocupados... até que, quando nos damos conta, estão por todo lado, entranham-se em nós, nas nossas vidas, deixando-nos de certa forma prisioneiras...
O momento em que nos apercebemos que elas estão lá... é sempre dificil. Apercebemo-nos na altura da perda... ou quando queremos deixar e sentimos que estamos ligados, ou então esse querem-nos deixar e sentimos a perda de uma forma tão dolorosa, quse como se nos estivessem a arrancar um pedaço de nós próprios...
Não gosto da rotina... mas gosto do conforto que ela dá. Apesar de ser uma mentira perversa, porque no dia em que a rotina cai, sentimo-nos os mais miseráveis dos seres.
Hoje é sábado de manhã e posso dormir até tarde... ainda não eram 9:00 e já estava a pé.

28.10.05

fim-de-semana...



Acabou a semana... e com ela chegou o fim de semana...
os fins de semana para mim são sempre um misto de alegria e tristeza... às vezes é difícil passá-los sozinha... nem sempre os amigos estão disponiveis para nós, estando muito ocupados com os/as namorados/as... para os "solitários" por vezes é complicado passar os dias sózinhos... há aqueles que pegam e vão ao cinema... passear... mais facilmente faço a segunda sozinha que a primeira... parece estranho, o cinema, é já por si uma companhia... temos a companhia da história, dos personagens, podendo entrar dentro da vida deles... é sempre bom viver uma vida que não é a nossa apenas por um instante... mesmo que estejamos muito felizes com a nossa vida.
Acho que nesta época os fins de semana são ainda mais solitários... a chuva que bate na janela retira-nos a vontade de sair... valem-nos os livros, outros "sóis", ainda que imaginários.
Os fins de semana de chuva ideias são para mim passados enrolada no sofá, ou debaixo de um edredon a ver filmes e a comer gelado, num só copo com duas colheres... mais uma vez o cinema / vídeo (ou dvd para os mais actuais) é feito no mínimo a dois... Este não vai ser um fim de semana ideal...
os fins de semana para mim são sempre um misto de alegria e tristeza... é o fim de uma semana que marca o inicio de uma outra...
Ou então somos arquitectos e, chegando ao fim de semana... vamos trabalhar!
=)

27.10.05

frase

"As coisas e as manifestações exteriores de riqueza são necessárias a quem ainda é pobre por dentro."

António Alçada Batista

24.10.05

1ª reunião de obra

Hoje foi um dia agitado... 1ª reunião de obra a que fui. Isso implicou muito trabalho antes e vai implicar ainda mais trabalho a seguir...
Não vos disse ainda mas sou um projecto de arquitecta em formação. Acabei este ano o curso e comecei à uma semana o meu ingresso na profissão como estagiária. Estou a fazer o acompanhamento e o projecto de execução de uma obra de restauro de um prédio na 24 de Julho... haviam de ver a vista... agora imagine-se uma tenrinha como eu de roda dum projecto "à séria"... uma verdadeira aventura. Estamos no atelier a participar num concurso INTERNACIONAL para um museu na Estónia. Andamos todos numa roda viva, mas eu devo dizer que apesar do pânico de andar a fazer coisas que nunca fiz na vida... estou a adorar a vida real! Estava farta de faculdade... sabem como é? Mas que é duro... é.

Ontem a minha tarde cultural foi óptima... 1 exposição de Arquitectura (Aires Mateus: recomendo!!!!), 1 de Design Gráfico (interessante) e a World Press Photo, no seu ultimo dia que foi o grande erro... muita gente por m2...
sou um bocado claustrofóbica... aquela sensação de partilhar o mesmo espaço com muita gente em zonas com áreas de saída que fazem com que sejam mais os que querem do que aqueles que realmente conseguem sair é um estado para mim bastante desconfortável... talvez por isso tenha visto a exposição a correr... mas a imagem com que fiquei foi bastante forte e positiva...
Outra imagem positiva foi perceber que há ainda bastante gente que aproveita os domingos à tarde para ver outras coisas certamente mais interessantes que a programação da televisão portuguesa ao domingo à tarde. Famílias inteiras, namorados, grupos de amigos e "singulares"... eram os mais diversos, das mais diferentes idades e grupos tipo. É bom acreditar que a nossa cidade é habitada por gente que pensa, critica e está atenta... porque a cultura faz isso às nossas mentes... exercitamo-nos! Porque não há nada pior do que viver sem questionar...

23.10.05

Uma tarde cultural

Tenho andado a tentar entender como é que esta história dos blogs funciona... não me tenho estado a sair mal... é daquelas coisas que são mais fortes do que eu... sabem aquela sensação de descobrir por nós mesmos sem estarmos dependentes do conhecimento de alguém?
Na sexta feira ofereceram-se para me ajudar a criar um blog meu... eu sorri e disse que não. Mas fiquei a matutar na ideia e aqui está a minha "tarde chuvosa"... não seria bem mais fácil ter dito que sim??? Às vezes chego à conclusão de que perco muito por querer fazer as coisas por mim... perco, pelo menos a possibilidade de aprender com os outros... Mas gosto de chegar às coisas sozinha, acho que também é bom, não?
Bem, mas este nem era o tema de conversa... Vou passear... aproveitar que a tarde está relativamente seca e dar uma volta pela minha cidade... ir a belém, ver uma exposição ou duas, comer um pastel (ou dois, que este é um daqueles prazeres que não tem limite...), ir ver o rio e esperar que não chova...
porque os domingos são aqueles dias solitários que passo normalmente na companhia de mim própria.

Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida

1...2...3... experiência...

boa noite a todos os que por alguma razão gostam como eu da sensação da chuva miudinha na cara... a todos os que tropeçaram aqui... tal como eu.
Decidi experimentar o mundo dos blogs... ainda não sei o que vai sair daqui... concerteza um pouco de mim...

um dia disseram-me para escrever... escrever sem pensar apenas para tentar perceber o que se passava dentro da minha cabeça nos dias em que a chuva passa de miudinha para temporal, para aqueles dias de nevoeiro em que não conseguimos vislumbrar um palmo à frente do nariz...
escrevo em folhas, folhinhas, cadernos, que ficam para a vida e que gosto de abrir depois da tempestade passar, ou de encontrar ao fim de muito tempo quendo já quase me esqueci do porquê daquelas palavras... este é só mais um desses cadernos... que todos e ninguém vão ver...
escrevo em dias de chuva, em dias de sol, em noites solitárias... depois de grandes conquistas e de grandes derrotas... escrevo o que vejo, o que leio, o que vivo, o que sou... ou que penso que sou... escrevo.

Para marcar este inicio deixo um pensamento...

"a melhor coisa que você pode fazer por uma pessoa é inspirá-la"
Bob Dylan
Alguém me inspirou a escrever num blog... talvez um dia me inspire em algo mais...=)