12.2.06

As intermitências da morte

Acabei esta semana de ler o último livro do nosso Nobel, Saramago. Conta a história de um país onde subitamente se deixa de morrer. O que à partida parece ser um sonho, torna-se num pesadelo. Muitas vezes, muitos filmes, muitos pensadores desejaram, falaram, procurararam a fórmula para a vida eterna. Saramago faz-nos ver uma vida sem morte mas sem qualquer esperança.
Pessoalmente acredito que haja vida depois da morte, que esta seja apenas uma passagem para "a outra margem".
Curiosa é a passagem subita de uma história que conta a vida sem morte para acabar contando a vida da morte. Também a morte abdica da sua vida, transforma-se, sente aquilo que nunca na vida ( ou na morte) nunca sentiu. A transformação dá-se... porquê? Pelo poder do amor... e... "no dia seguinte ninguém morreu"

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