há dois dias atrás fui visitar uma amiga minha ao hospital que, estando grávida de gémeos, com 19 semanas, involuntariamente, abortou. Vi e continuo a ver a dor de quem perde, num dia, não um, mas dois filhos (ou filhas já que seriam duas meninas).
Hoje, leio
isto.
Se há duas semanas atrás agitavam bandeiras dizendo que, o número de abortos tinha sido muito menor do que o esperado, hoje, têm aqui a amostra dos que já se faziam antes da lei ser aprovada e que se continuam a fazer após a sua legalidade.
Falar de falta de informação e ignorância de alguém que, tem 19 anos e frequenta o ensino é rídiculo. Com toda a publicidade, debates e acções de ambos os lados da discussão, neste momento, não acredito que haja muita gente desinformada quanto aos contornos de uma lei, que pessoalmente como quem me segue sabe, acho criminosa. Tenha 10, 20, 30 ou 70 anos.
Até a minha avó, que praticamente não sai de casa, sabe.
Isto é mais uma prova que não é a lei que muda as pessoas. São as pessoas que têm de mudar a lei. E o que é errado é errado sempre.
Questiono-me de como ficará a minha amiga quando vir esta notícia?