26.11.05
19.11.05
o significado dos nomes
Dizem que cada nome tem um significado... há quem diga até que o nosso nome influencia quem somos...
não sei se isso será verdade, mas confesso que sempre tive alguma curiosodade quanto ao significado daquilo a que nos chamam e que nós reconhecemos como nosso. Por exemplo, sempre gostei muito d nome "diogo", sempre achei que, no dia em que tivesse um filho, lhe daria esse nome... até ao dia em que soube que "diogo" é um dos nomes que dão ao "diabo". A consciência desse facto fez com que uma palavra que para mim era sonora e bonita, passasse a ser indesejável e à qual eu jamais queria estar de certa forma ligada. Continuo a gostar muito dos meus amigos e primos "diogos"... mas já não é a mesma coisa.
De qualquer forma... gosto de saber o significado dos nomes... curiosamente, acho que o meu nome tem algo a ver comigo... apesar de ser muito melhor do que eu sou.
Para quem quiser saber:
"Sara"
Sara tem algo de irreal, de mágico, de enigmático. Esta mulher extremamente intuitiva e feminina, possui uma vida interior das mais intensas e misteriosas. A sua grande preocupação é o amor, dos outros, pelos outros e por si própria.
Se é fácil descrever Sara, é difícil explicá-la. Sara é como algo fantástico, uma imagem irreal, que encontramos numa bela noite de Verão; ficamos deslumbrados e estupfactos ao mesmo tempo, perguntamo-nos se será real e não contamos a ninguém com medo que não nos acreditem.
não sei se isso será verdade, mas confesso que sempre tive alguma curiosodade quanto ao significado daquilo a que nos chamam e que nós reconhecemos como nosso. Por exemplo, sempre gostei muito d nome "diogo", sempre achei que, no dia em que tivesse um filho, lhe daria esse nome... até ao dia em que soube que "diogo" é um dos nomes que dão ao "diabo". A consciência desse facto fez com que uma palavra que para mim era sonora e bonita, passasse a ser indesejável e à qual eu jamais queria estar de certa forma ligada. Continuo a gostar muito dos meus amigos e primos "diogos"... mas já não é a mesma coisa.
De qualquer forma... gosto de saber o significado dos nomes... curiosamente, acho que o meu nome tem algo a ver comigo... apesar de ser muito melhor do que eu sou.
Para quem quiser saber:
"Sara"
Sara tem algo de irreal, de mágico, de enigmático. Esta mulher extremamente intuitiva e feminina, possui uma vida interior das mais intensas e misteriosas. A sua grande preocupação é o amor, dos outros, pelos outros e por si própria.
Se é fácil descrever Sara, é difícil explicá-la. Sara é como algo fantástico, uma imagem irreal, que encontramos numa bela noite de Verão; ficamos deslumbrados e estupfactos ao mesmo tempo, perguntamo-nos se será real e não contamos a ninguém com medo que não nos acreditem.
14.11.05
o meu primeiro beijo
ontem fui passear a Sesimbra... e com esse passeio encontrei um rapaz que já não via à algum tempo... o david. O david tem um coração do tamanho do mundo, uma ingenuidade tremenda e infelizmente também um ligeiro atraso que faz com que faça e diga sempre aquilo que pensa e deseja. Sempre me tratou muito bem, sempre me falou, era até às vezes um bocado despropositado... ontem quando o vi, não me reconheceu. Falei-lhe e assim que soube quem era deu-me um grande abraço... daqueles que as crianças nos dão quando têm muitas saudades nossas...
o david é irmão de uma pessoa que vai ficar sempre marcada na minha lembrança com um grande, grande carinho... o ricardo.
O ricardo era um rapaz muito simpático, muito popular, inteligente... mas claro... com tudo isto também... pintas.
Nos meus 13 anos tive uma grande grande paixão pelo ricardo... ele também gostava de mim... mas a concorrência era tão feroz (aos 13 anos lutamos mesmo por aquilo que queremos... bem mais do que com 25) que ele se deixava ludibriar com todas as outras raparigas (umas delas, diga-se de passagem bem mais giras do que eu...).
Lembro-me de uma carta que lhe escrevi em que fui realmente muito má... era no tempo em que dizia tudo aquilo que pensava... que achava e nem me preocupava muito se por acaso estava a exagerar ou se me estava a expor... dizia e pronto... então expus-lhe a minha opinião a respeito da nossa amizade colorida... e a respeito das amiguinhas todas que ele tinha e que me deixavam morta de ciumes... a verdade é que passado pouco tempo ele me pediu para namorar com ele (afinal a verdade compensa e hoje em dia tenho tanta dificuldade em dizer tudo o que penso...).
Era tudo o que eu mais desejava, mas naquela altura tremi que nem varas verdes... obviamente disse que sim... como é que ia dizer que não àquele rapaz com cara de Tom Cruise de quem eu gostava à tanto tempo... mas morria de medo...
ele era mais velho que eu... tinha 16 acho... e deu-me um beijo...
foi um beijo inocente... um "selinho" como dizem os nossos irmãos brasileiros, expressão bem mais feliz que o português "chocho"... só me deu aquele beijo, porque lembro-me que fugi a 7 pés dele... fui-me embora de Sesimbra sem sequer me despedir dele... inventei que os meus pais me tinham ido buscar e tinha de me ir embora... mas ainda hoje me lembro daquele beijo dado às escondidas debaixo da janela do quarto de um amigo nosso que morava lá...ainda me lembro dos nossos olhares cumplices e da forma como o meu coração batia a 1000 à hora cada vez que os nossos olhos se cruzavam...
nunca mais soube nada do meu amigo ricardo... ainda nos escrevemos entretanto (sim... isto no tempo em que os ctt eram os maiores aliados dos amores de verão) mas sinceramente não me lembro de nenhuma dessas cartas... sei que entretanto ele tirou um curso de engenharia (acho que mecânica) com belíssimas notas... mas nunca mais o vi.
Gostava de rever o ricardo... gostava...
o david é irmão de uma pessoa que vai ficar sempre marcada na minha lembrança com um grande, grande carinho... o ricardo.
O ricardo era um rapaz muito simpático, muito popular, inteligente... mas claro... com tudo isto também... pintas.
Nos meus 13 anos tive uma grande grande paixão pelo ricardo... ele também gostava de mim... mas a concorrência era tão feroz (aos 13 anos lutamos mesmo por aquilo que queremos... bem mais do que com 25) que ele se deixava ludibriar com todas as outras raparigas (umas delas, diga-se de passagem bem mais giras do que eu...).
Lembro-me de uma carta que lhe escrevi em que fui realmente muito má... era no tempo em que dizia tudo aquilo que pensava... que achava e nem me preocupava muito se por acaso estava a exagerar ou se me estava a expor... dizia e pronto... então expus-lhe a minha opinião a respeito da nossa amizade colorida... e a respeito das amiguinhas todas que ele tinha e que me deixavam morta de ciumes... a verdade é que passado pouco tempo ele me pediu para namorar com ele (afinal a verdade compensa e hoje em dia tenho tanta dificuldade em dizer tudo o que penso...).
Era tudo o que eu mais desejava, mas naquela altura tremi que nem varas verdes... obviamente disse que sim... como é que ia dizer que não àquele rapaz com cara de Tom Cruise de quem eu gostava à tanto tempo... mas morria de medo...
ele era mais velho que eu... tinha 16 acho... e deu-me um beijo...
foi um beijo inocente... um "selinho" como dizem os nossos irmãos brasileiros, expressão bem mais feliz que o português "chocho"... só me deu aquele beijo, porque lembro-me que fugi a 7 pés dele... fui-me embora de Sesimbra sem sequer me despedir dele... inventei que os meus pais me tinham ido buscar e tinha de me ir embora... mas ainda hoje me lembro daquele beijo dado às escondidas debaixo da janela do quarto de um amigo nosso que morava lá...ainda me lembro dos nossos olhares cumplices e da forma como o meu coração batia a 1000 à hora cada vez que os nossos olhos se cruzavam...
nunca mais soube nada do meu amigo ricardo... ainda nos escrevemos entretanto (sim... isto no tempo em que os ctt eram os maiores aliados dos amores de verão) mas sinceramente não me lembro de nenhuma dessas cartas... sei que entretanto ele tirou um curso de engenharia (acho que mecânica) com belíssimas notas... mas nunca mais o vi.
Gostava de rever o ricardo... gostava...
11.11.05
tempo de mudança
Ontem tive mais um jantar de despedida... ou de até logo, não sei bem. A verdade é que com o final da vida académica, uma nova geração de arquitectos se está a espalhar por este mundo fora... uns longe, outros mais perto, a verdade é que nestes ultimos meses os jantares de despedida têm sido mais que muitos... é um daqueles ciclos que se fecham...
é sempre estranho quando fechamos uma porta na nossa vida... ficamos sempre com aquela sensação de "e se..."
e se tivesse sido diferente, quais as coisas que não fiz... quais aquelas que ainda vou a tempo de fazer... será que nos vamos voltar a ver um dia, será que as amizades, amores, desamores, ligações que construímos na faculdade se vão manter para a vida ou serão apenas mais uma página que escreve a história da nossa vida?
Há pessoas que quando me despeço delas fico com um aperto enorme no coração... uma dúvida que se instala...aquela eterna pergunta do "e se tivesse sido diferente?" Ontem foi um desses dias...
há pessoas que entram de mansinho na nossa vida e quando nos damos conta... fazem parte de nós.
... a ti, desejo-te as maiores felicidades. e desejo que um dia esta dúvida que tenho se possa desvanecer...
9.11.05
"Que eu não veja empecilhos na sincera união de duas almas. Não, amor não é o que encontrando alterações se altera ou diminui; se atinge o desamor.
Oh, não! Amor é esse ponto assaz constante que ileso os bravos temporais defronta. É a estrela guia do baixel errante, de brilho certo, mas valor sem conta.
O amor não é jogral do tempo, embora em seu declíneo os lábios nos entorte.
O amor não muda com o dia e a hora, mas persevera ao limiar da morte.
E, se se prova que num erro estou, nunca fiz versos, nem jamais se amou."
Só no tempo de Shakespeare se amava assim... hoje em dia já não existem paixões sem fim, dessas que nos cortam o ar e nos toldam os sentidos... hoje em dia amor é ajuste, é decisão, é conveniência pura e dura.
Ou talvez seja uma romântica tola que ainda quer acreditar nas histórias de amor. Que ainda podem haver histórias de amor...
6.11.05
porquê?
Às vezes não percebo os homens... a sério que não. Eles também não me percebem... Porque é que insistimos em relações em que as pessoas não se entendem?
Porque é que desejamos quem não podemos ter? Porque é que o amor é tão complicado???
Quando é amor...
Ben Kingsle disse que "o difícil não é fazer o que é certo. O difícil é saber o que é certo. Porém, quando se sabe o que é certo o difícil é não fazê-lo". Mas quando o assunto é amor, sentimento, paixão, desejo, as coisas mudam de figura... Temos vontade de fazer a nossa vontade, não o que é certo, e continuamos sempre com vontade de fazer o que nos apetece, sem olhar ao que é certo ou errado... quando por alguma razão fazemos "o que é certo" não é fácil... nunca é fácil quando o assunto é feito de duas pessoas que se atraem.
Mas também... o que é que é certo? Quando o assunto é amor... nunca sei muito bem...
3.11.05
Vai aonde te leva o coração
"Quando te sentires perdida, confusa, pensa nas árvores, lembra-te que uma árvore com muita ramagem e poucas raízes é derrubada à primeira rajada de vento, e de que a linfa custa a correr numa árvore com muitas raízes e pouca ramagem. As raízes e os ramos devem crescer de igual modo, deves estar nas coisas e estar sobre as coisas, só assim poderás dar sombra e abrigo, só assim, na estação apropriada, poderás cobrir-Te de flores e frutos."
Susana Tamaro
1.11.05
250 anos depois...
Há 250 anos atrás Lisboa acordou diferente... aliás... há 250 anos atrás Lisboa acordou... um dia como qualquer outro, um dia normal. Dia de ir à missa, rezar pelos mortos, estar mais perto de Deus...
Há 250 anos atrás, Lisboa acordou... e a terra tremeu.
Não nos apercebemos da força adormecida da natureza, não temos noção de quantos são os nossos dias e de como um dia normal se transforma em segundos, em minutos em tragédia.
Há 250 anos a terra acordou e destruiu Lisboa. Lisboa entrou para a história dos mais destruidores terramotos.
"Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos."
Luis Vaz de Camões
Há 250 anos atrás Lisboa foi devassada e reconstruida de novo. Felizmente a natureza tem-nos poupado de novo teste... fica a questão:
Será que aprendemos com a história?
Também neste crepúsculo
Também neste crepúsculo nós perdemos.
Ninguém nos viu hoje à tarde de mãos dadas
enquanto a noie azul caía sobre o mundo.
Olhei da minha janela
a festa do poente nas encostas ao longe.
Às vezes como uma moeda
acenda-se um pedaço de sol nas minhas mãos.
Eu recordava-te com a alma apertada
por essa tristeza que tu me conheces.
Onde estavas então?
Entre que gente?
Dizendo que palavras?
Porque vem até mim todo o amor de repente
quando me sinto triste e te sinto tão longe?
Caiu o livro que sempre pegamos ao crepúsculo,
e como um cão ferido rodou a minha capa aos pés.
Sempre, sempre te afastas pela tarde
para onde o crepúsculo corre apagando estátuas.
Ninguém nos viu hoje à tarde de mãos dadas
enquanto a noie azul caía sobre o mundo.
Olhei da minha janela
a festa do poente nas encostas ao longe.
Às vezes como uma moeda
acenda-se um pedaço de sol nas minhas mãos.
Eu recordava-te com a alma apertada
por essa tristeza que tu me conheces.
Onde estavas então?
Entre que gente?
Dizendo que palavras?
Porque vem até mim todo o amor de repente
quando me sinto triste e te sinto tão longe?
Caiu o livro que sempre pegamos ao crepúsculo,
e como um cão ferido rodou a minha capa aos pés.
Sempre, sempre te afastas pela tarde
para onde o crepúsculo corre apagando estátuas.
Pablo Neruda
mais uma frase
O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas incomparáveis e pessoas incomparáveis.
Fernando Pessoa
Sempre fui uma pessoa institiva... o que de vez em quando me tem trazido alguns dissabores... acho que com o passar do tempo penso mais nas coisas, não hajo apenas com o coração e progressivamente essa minha faceta tem vindo a perder preponderância, fazendo com que, no duelo entre coração e razão, o segundo tenha vindo a ganhar cada vez mais terreno...
Acho bonita a altura em que achamos que tudo é possivel para quem ama e que de facto o amor move todas as montanhas... à medida que o tempo passa, à medida que a vida passa por mim, tenho-me dado conta que esse tipo de amor, que transforma tudo, incluindo nós mesmos, que faz com que as nossas pernas tremam e que fiquemos de tal forma anestesiados que o achamos que o limite é apenas o céu é cada vez mais raro...
tenho saudades dos amores loucos, que nos fazem sentir estupidos e que fazem com que pareçamos a todos os outros tontinhos, porque esse é o amor que vale a pena... aquele que nos absorve e que nos faz acreditar que é para sempre...
Nem é tanto porque seja realmente... é mais porque se vive de facto esse momento de uma forma totalmente intensa! Com tudo o que somos! Com todas as nossas forças! E o amor tem de ser vivido assim... não têm piada os romances que vivem no limiar do aceitável. Apenas aqueles que são totais.
Falo assim, mas acho que sou a primeira a não conseguir entregar-me de corpo e alma ao amor. Não sou capaz de sofrer, até ao ponto em que se julga que não há maior sofrimento, não sou capaz de me expor, de tal forma que olhem para mim e julguem que sou totó... já não sou capaz.
Não há como as primeiras paixões... não há como o primeiro amor... não porque seja o maior, o mais forte, o mais... não há como o primeiro amor porque é a novidade. Porque não sabemos ler os sinais e agir em conformidade... agimos só... como achamos, como queremos, sem pensar. Porque achamos que podemos tudo... e normalmente, não podemos nada.
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