26.4.06
planeamento
e esta viagem foi tão bem planeada que hoje é dia de vício e chego na terça o que faz com que não corra o risco de para a semana ou não ver o Jack Bauer em acção ou vê-lo para aí "ablando castellano"... é que uma pessoa tem de ter prioridades! (brincadeirinha)
mega jogo sarita sozinha em madrid
NIVEL1 - Diriges-te para a saída dos AutoBus para Madrid.Para saberes q vais pelo sitio correcto tens de subir umas rampas rolantes e depois voltar a descer, sempre seguindo as indicaçoes de Saida e Autobuses. NIVEL2 - Depois esses autocarros vao passar pelo terminal 3 2 e 1. Tu sais no 1. Entras no terminal e segues as placas do metro. Se nao tiveres as placas perguntas nos pontos de informacao onde é o metro "donde está el metro" ou "donde queda el metro ou "como llego al metro". Nivel3 - Chegando ao metro "estacao AEROPUERTO" desces as escadas rolantes e vais em direccao a "Nuevos Ministerios". Esperas por ele e entras.E lá vai ela. :)
nota: Se chegas-te até aqui já nao tá mau :) Ganás-te pontos e uma vida extra pa continuar a jogar mas aumenta o nivel de dificuldade. Nivel4 - desembarcas em "NUEVOS MINISTERIOS" e apanhas a linha 10 em direcçao a "puerta del sur". Voltas a sair em "ALONSO MARTINEZ". Nivel5 - Apanhas a Linha 5 em direcçao a "CASA de CAMPO" e sais em "CALLAO".
Este vai ser o meu passeio amanhã. Parto para Madrid para passar 6 diazinhos de férias... ver coisas novas, rever amigos que há muito não se vêm... em suma, espairecer... por isso, se não "cair" chuva nova todos os dias, não estranhem... é que em Madrid faz muito calor! Eheheheheh ;)
nota: Se chegas-te até aqui já nao tá mau :) Ganás-te pontos e uma vida extra pa continuar a jogar mas aumenta o nivel de dificuldade. Nivel4 - desembarcas em "NUEVOS MINISTERIOS" e apanhas a linha 10 em direcçao a "puerta del sur". Voltas a sair em "ALONSO MARTINEZ". Nivel5 - Apanhas a Linha 5 em direcçao a "CASA de CAMPO" e sais em "CALLAO".
Este vai ser o meu passeio amanhã. Parto para Madrid para passar 6 diazinhos de férias... ver coisas novas, rever amigos que há muito não se vêm... em suma, espairecer... por isso, se não "cair" chuva nova todos os dias, não estranhem... é que em Madrid faz muito calor! Eheheheheh ;)
25.4.06
a minha mãe
A minha mãe levou a manhã a "chamar nomes" a metade da assembleia... diz e com razão que se vê logo quem são os fascistas que lá estão...
o estilo 25
"O carácter popular da «Revolução dos Cravos» impôs uma mudança radical nos hábitos, usos e costumes dos portugueses. Deles só restam, vinte anos depois, memórias difusas que para alguns têm um sabor a nostalgia
«NA SEGUNDA-FEIRA, todos ao Rossio, de calças à boca-de-sino, pulôver vermelho de bico aos ombros, colarinhos até dizer chega, cravo vermelho ao peito, criança às cavalitas forrada de autocolantes e palavras de ordem na ponta da língua!» Os nós das gravatas pareciam babeiros, mas o mais «in» era aparecer em público de colarinho pontiagudo, libertariamente desabotoado, ou aquecer a garganta para o comício permanente com uma gola alta ensinada pelos padres progressistas. As companheiras levavam socas ortopédicas para a manif e um poncho a imitar a América Latina.
Éramos massas populares, não se usava a palavra cidadão e o único carro novo minimamente aceitável era a Dyane. Estavam longe os tempos dos jipes. O mais todo-o-terreno que admitíamos, sem perigo de sermos burgueses, era o R4, sujo do barro da Reforma Agrária, portas e «capot» cobertos de cartazes, um megafone a sair da janela do pendura.
Hoje, lemos a «Olá». Então, só o «Século Ilustrado». Florbela Queiroz, sem o poder da TV, era a Catarina Furtado (Catarina, só há uma, a Eufémia e mais nenhuma) e Lisboa Capital da Cultura chamava-se Martim Moniz, era irmos todos ao Adóque ver Pides na Grelha. Ou a Belém, sendo que o nosso Centro Cultural se chamava Mercado do Povo e recuperava o espaço de um museu de etnologia cheio de peças reaccionárias de memória imperial. A nossa cultura era muito Terra-a-Terra, muito Brigada Victor Jara, e o seu templo eram os jardins e o mais pequeno palanque que comportasse uma montagem de teatro de amadores, iluminada por projectores do FAOJ. Ou o Coliseu. Já nessa altura era o Coliseu, mas nada de Galas de Chuva de Estrelas. Só Circos de Moscovo e Óperas de Pequim, ou espectáculos de solidariedade com o povo do Chile, que fazia, então, a vez do povo maubere, na nossa alma solidária. Não é certo que Quim Barreiros tenha cantado «uma gaivota voava, voava», mas é provável.
Vinte paus era uma fortuna
O antitabagismo era basto fascista. Envenenávamo-nos com Português Suave sem filtro, nada de «lights» nem «vou deixar de fumar». E ai do taberneiro reaça que se atrevesse a escrever na parede «Tabaco só ao balcão». Na Mexicana, no Café Lisboa, no Império, no Monte Carlo, na esplanada de cima do Parque, nos cafés que faziam as vezes da 24 de Julho, ao fim do dia de Revolução, os maços de Porto, que era o nosso Marlboro Lights, vinham à mesa sobre um pires e tudo era pago no fim, com uma nota de Santo António, 20 paus era uma fortuna.
O táxi custava 25 tostões, mas era para burgueses. Embora o passe social só existisse em França, de autocarro verde de dois andares é que se voltava para casa, depois de ver, na sala única do São Jorge, pela 50ª vez, o Couraçado Potemkine, que era o Jurassic Park de há vinte anos, ou o Último Tango em Paris, que sensação! Os abstémios regalavam-se com a Laranjina C em garrafa bojuda, porque a Coca-Cola ainda não aparecera e, mesmo mais tarde, não passava de uma beberragem suja do imperialismo. A Pepsi, sim, por ser engarrafada numa empresa nacionalizada, nossa. Para os outros, bagaço, que o uísque é da CIA, ou Cubas Libres. A vodca era caríssima no Porão da Nau, uma espécie de Crazy Night daqueles tempos.
O Verão era quente e o Rajá substituía as «tartitas quemadas» da Menorquina (Espanha ainda vivia sob Franco, ninguém ousaria comer o Panrico que o diabo amassava), para quem não tinha dinheiro para comer um «banana split» no Apolo 70, espécie de Cascais Shopping de 1974, onde se passeavam os modelos dos Por-fí-rios, a nossa Benetton.
Quando as crianças, que, recorde-se, frequentavam Liceus Femininos e Liceus Masculinos, e não C+S e EBI, reclamavam atenção e se recusavam a passar os fins-de-semana nos centros de trabalho e acampamentos para Pioneiros, estendíamos o bigode zapatista num sorriso amarelo, coçávamos as patilhas, comprávamos bilhetes de segunda classe para Carcavelos (a Caparica era a miragem longínqua de uma colónia de férias da FNAT) e íamos ao banho, de bermudas. É estranho pensar que os repuxos rega-relva da Alameda, nas manhãs ensolaradas dos dias de comício, eram a coisa mais parecida com um aquaparque, mas as modas mudam. Isso vê-se bem, se nos lembrarmos do que acontecia quando os putos tinham fome. O frango assado era uma sofisticação e o termo «hamburger» tinha ressonâncias nazis. Só os exilados que regressavam conheciam os prazeres proporcionados por uma croissanteria. «Pizzas», o que é isso? As Tartarugas Ninja da época eram a Heidi e o Vickie. Sai um prato de bolos, muitas bolas de Berlim, capital da RDA!"
António Costa Santos no Expresso de 23 de Abril de 1994
«NA SEGUNDA-FEIRA, todos ao Rossio, de calças à boca-de-sino, pulôver vermelho de bico aos ombros, colarinhos até dizer chega, cravo vermelho ao peito, criança às cavalitas forrada de autocolantes e palavras de ordem na ponta da língua!» Os nós das gravatas pareciam babeiros, mas o mais «in» era aparecer em público de colarinho pontiagudo, libertariamente desabotoado, ou aquecer a garganta para o comício permanente com uma gola alta ensinada pelos padres progressistas. As companheiras levavam socas ortopédicas para a manif e um poncho a imitar a América Latina.
Éramos massas populares, não se usava a palavra cidadão e o único carro novo minimamente aceitável era a Dyane. Estavam longe os tempos dos jipes. O mais todo-o-terreno que admitíamos, sem perigo de sermos burgueses, era o R4, sujo do barro da Reforma Agrária, portas e «capot» cobertos de cartazes, um megafone a sair da janela do pendura.
Hoje, lemos a «Olá». Então, só o «Século Ilustrado». Florbela Queiroz, sem o poder da TV, era a Catarina Furtado (Catarina, só há uma, a Eufémia e mais nenhuma) e Lisboa Capital da Cultura chamava-se Martim Moniz, era irmos todos ao Adóque ver Pides na Grelha. Ou a Belém, sendo que o nosso Centro Cultural se chamava Mercado do Povo e recuperava o espaço de um museu de etnologia cheio de peças reaccionárias de memória imperial. A nossa cultura era muito Terra-a-Terra, muito Brigada Victor Jara, e o seu templo eram os jardins e o mais pequeno palanque que comportasse uma montagem de teatro de amadores, iluminada por projectores do FAOJ. Ou o Coliseu. Já nessa altura era o Coliseu, mas nada de Galas de Chuva de Estrelas. Só Circos de Moscovo e Óperas de Pequim, ou espectáculos de solidariedade com o povo do Chile, que fazia, então, a vez do povo maubere, na nossa alma solidária. Não é certo que Quim Barreiros tenha cantado «uma gaivota voava, voava», mas é provável.
Vinte paus era uma fortuna
O antitabagismo era basto fascista. Envenenávamo-nos com Português Suave sem filtro, nada de «lights» nem «vou deixar de fumar». E ai do taberneiro reaça que se atrevesse a escrever na parede «Tabaco só ao balcão». Na Mexicana, no Café Lisboa, no Império, no Monte Carlo, na esplanada de cima do Parque, nos cafés que faziam as vezes da 24 de Julho, ao fim do dia de Revolução, os maços de Porto, que era o nosso Marlboro Lights, vinham à mesa sobre um pires e tudo era pago no fim, com uma nota de Santo António, 20 paus era uma fortuna.
O táxi custava 25 tostões, mas era para burgueses. Embora o passe social só existisse em França, de autocarro verde de dois andares é que se voltava para casa, depois de ver, na sala única do São Jorge, pela 50ª vez, o Couraçado Potemkine, que era o Jurassic Park de há vinte anos, ou o Último Tango em Paris, que sensação! Os abstémios regalavam-se com a Laranjina C em garrafa bojuda, porque a Coca-Cola ainda não aparecera e, mesmo mais tarde, não passava de uma beberragem suja do imperialismo. A Pepsi, sim, por ser engarrafada numa empresa nacionalizada, nossa. Para os outros, bagaço, que o uísque é da CIA, ou Cubas Libres. A vodca era caríssima no Porão da Nau, uma espécie de Crazy Night daqueles tempos.
O Verão era quente e o Rajá substituía as «tartitas quemadas» da Menorquina (Espanha ainda vivia sob Franco, ninguém ousaria comer o Panrico que o diabo amassava), para quem não tinha dinheiro para comer um «banana split» no Apolo 70, espécie de Cascais Shopping de 1974, onde se passeavam os modelos dos Por-fí-rios, a nossa Benetton.
Quando as crianças, que, recorde-se, frequentavam Liceus Femininos e Liceus Masculinos, e não C+S e EBI, reclamavam atenção e se recusavam a passar os fins-de-semana nos centros de trabalho e acampamentos para Pioneiros, estendíamos o bigode zapatista num sorriso amarelo, coçávamos as patilhas, comprávamos bilhetes de segunda classe para Carcavelos (a Caparica era a miragem longínqua de uma colónia de férias da FNAT) e íamos ao banho, de bermudas. É estranho pensar que os repuxos rega-relva da Alameda, nas manhãs ensolaradas dos dias de comício, eram a coisa mais parecida com um aquaparque, mas as modas mudam. Isso vê-se bem, se nos lembrarmos do que acontecia quando os putos tinham fome. O frango assado era uma sofisticação e o termo «hamburger» tinha ressonâncias nazis. Só os exilados que regressavam conheciam os prazeres proporcionados por uma croissanteria. «Pizzas», o que é isso? As Tartarugas Ninja da época eram a Heidi e o Vickie. Sai um prato de bolos, muitas bolas de Berlim, capital da RDA!"
António Costa Santos no Expresso de 23 de Abril de 1994
mudança...
Pela primeira vez desde 1974 um PR não apresenta no dia da liberdade, o simbolo da Revolução...
24.4.06
pensamento
"Amo-te não por quem és, mas sim por quem sou quando estou contigo..."
Gabriel García Marquéz
Gabriel García Marquéz
21.4.06
"Lista de Preferências" - Bertolt Brecht
A Ritinha desafiou-me... cá vai:
Alegrias que vivi
Dores que senti
Casos passados
Conselhos, uns vividos, outros... esquecidos!
Meninas que fomos
Mulheres que somos
Orgasmos, queremos
Ódios, não temos
Domicilios, buscamos
Adeuses não queremos
Artes desejamos
Professores que tive
Prazeres que tenho
Projectos, sempre terei
Inimigos não os tenho
Amigos sempre os vejo
Cores, todas elas
Meses, os mais quentes
Elementos mais ardentes...
Divindades, só há Uma,
Vida, é Hoje...
Morte... amanhã.
Passo a palavra há Helena, ao homem do crepe, ao colega João e ao Filipinho!
Boa poesia para todos... a base é o que está a "negrito"... o resto... é com vocês!
Alegrias que vivi
Dores que senti
Casos passados
Conselhos, uns vividos, outros... esquecidos!
Meninas que fomos
Mulheres que somos
Orgasmos, queremos
Ódios, não temos
Domicilios, buscamos
Adeuses não queremos
Artes desejamos
Professores que tive
Prazeres que tenho
Projectos, sempre terei
Inimigos não os tenho
Amigos sempre os vejo
Cores, todas elas
Meses, os mais quentes
Elementos mais ardentes...
Divindades, só há Uma,
Vida, é Hoje...
Morte... amanhã.
Passo a palavra há Helena, ao homem do crepe, ao colega João e ao Filipinho!
Boa poesia para todos... a base é o que está a "negrito"... o resto... é com vocês!
fim da semana
Está a chegar ao fim a minha semana de relatório... soube bem passar uma semaninha em casa a recordar os bons tempos (também houve bons tempos) de faculdade em que já só havia um ou dois trabalhos a fazer (de preferência que não fossem de projecto senão o ritmo não era este) e ficávamos por aí, em casa a fazê-los mas também a descansar (muito), dormir, passear... soube-me muito bem esta semana. Foi oficialmente a minha última semana de estudante! Não que já esteja tudo pronto (se nós não deixássemos nada para fazer depois, mais em cima da hora nem tinha piada), mas porque a partir da próxima o que falta tem de ser feito juntamente com o trabalho do atelier...
... o que vale é que as próximas 2 semanas vão ser a meio gás, graças a um feriado (abençoada liberdade) e a umas férias a meio da semana que transformarão 2 semanas em 2 meias semanas!
Chega de conversa para ver se hoje isto fica pronto!
... o que vale é que as próximas 2 semanas vão ser a meio gás, graças a um feriado (abençoada liberdade) e a umas férias a meio da semana que transformarão 2 semanas em 2 meias semanas!
Chega de conversa para ver se hoje isto fica pronto!
19.4.06
língua portuguesa
Existem regras gramaticais da nossa língua que sempre me irritaram... porque é que num grupo de, por exemplo, 10 pessoas, se todas são mulheres são "AS meninas", mas se houver apenas 1 menino no grupo, nos tornamos TODAS num piscar de olhos em "OS meninos"???
E atenção que eu não sou feminista!
E atenção que eu não sou feminista!
18.4.06
jogging
Hoje quando fui dar a minha voltinha matinal à "mata" (privilégios de uma semana em que não se vai trabalhar) reencontrei um casal de velhotes nos quais tinha reparado ontem... pelos vistos vão todos os dias de manhã correr para a Quinta das Conchas juntos. O engraçado é que até o fato de treino é igual e lá vão eles, felizes e contentes, fazer o seu jogging matinal juntos. Lado a lado umas vezes, noutras um deles ligeiramente mais à frente do outro... mas sempre perto...
... quando chegar a minha vez também quero fazer o mesmo... os dois a correr com fatos de treino iguais.
... quando chegar a minha vez também quero fazer o mesmo... os dois a correr com fatos de treino iguais.
17.4.06
16.4.06
Páscoa
Páscoa é mais que coelhinhos, feriados, ovos e folares (apesar de tudo o que de bom isso representa)
Páscoa é sinal de VITÓRIA!
Páscoa é sinal de VITÓRIA!
15.4.06
14.4.06
12.4.06
nova palavra
Nasceu assim uma nova palavra:
"oi linditazitainhazonazassa"
essa sou eu! e a palavra, autoria do Benito =)
"oi linditazitainhazonazassa"
essa sou eu! e a palavra, autoria do Benito =)
11.4.06
8.4.06
7.4.06
profissões
De manhã quando vou para o atelier passo todos os dias num cruzamento com um polícia sinaleiro... e é ver a alegria no trabalho...
Não é especialmente perigoso, não tem assim tanto trânsito quanto isso, mas lá está ele, todos os dias, de apito na boca a fazer sinais sem fim todo emproado qual galo. O sr polícia até é simpático, mas o ar com que manda parar os carros, andar os carros, parar os peões na passadeira, andar os peões na passadeira é surreal...
Não é especialmente perigoso, não tem assim tanto trânsito quanto isso, mas lá está ele, todos os dias, de apito na boca a fazer sinais sem fim todo emproado qual galo. O sr polícia até é simpático, mas o ar com que manda parar os carros, andar os carros, parar os peões na passadeira, andar os peões na passadeira é surreal...
6.4.06
ontem...
Disseram-me:
"Hoje é importante sairmos daqui com a sensação de que o trabalho avançou realmente... até amanhã."
Queriam dizer:
"Vou-me embora mas tu vê lá se ficas cá a trabalhar até tarde para ver se acabas isso ainda esta semana!"
é a poesia...
"Hoje é importante sairmos daqui com a sensação de que o trabalho avançou realmente... até amanhã."
Queriam dizer:
"Vou-me embora mas tu vê lá se ficas cá a trabalhar até tarde para ver se acabas isso ainda esta semana!"
é a poesia...
5.4.06
Saudades deste tempo...
Recebi isto ontem por mail... vejam lá se não foram dos melhores tempos da vossa vida???
"De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "á prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar à frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e á barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles? Parabéns! (...)"
"De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "á prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar à frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e á barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles? Parabéns! (...)"
4.4.06
programa da noite de ontem
Ontem, depois do passeio do costume pela internet, a voltinha dos joguinhos de sempre, e a conversa com os amigos de todos os dias, um desses mesmos amigos me perguntou: "Como é que faço para ter um blog?". A partir daí começámos toda uma caminhada até ao nascimento de mais um "umbigo" da internet...
1º e mais dificil decisão: o NOME... o nome do blog é sempre o que de pior existe... como disse, é mais fácil dar um nome a um filho que a um blog... entretanto, ficámos a saber que eu gosto de inês, beatriz e gonçalo e ele de abigail, rute e filipe (essa eterna mania que os homens têm de se prolongar nos filhos...). Depois de algumas hipóteses, chegámos AO nome... giro, que soa bem, que tem a ver com o dono e que não está já atribuido (sim, porque se no mundo existem muitas beatrizes e muitos filipes... blogs com o mesmo nome, assim, igualzinho, igualzinho... não há!).
A partir deste momento veio a parte mais complicada... "como é que eu ponho a foto assim como tu tens ao lado do meu nome em pequenino?" Buscas e mais buscas, porque isto é quase como um cego a guiar outro cego (é mais um miope a guiar o cego... menos mal) e lá chegámos a uma conclusão... depois de termos falhado a primeira tentativa (a foto era muito pesada) lá conseguimos à segunda... o messenger volta a piscar... "não aparece... o que é que faço?". Mais umas dicas e ei-lo! O rapaz já tem um blog e eu serei uma assuídua presença pelas notas que por lá se tocam... Mas quando passarmos à fase seguinte de formatação (ai os templates...) a ver se a fazemos cara a cara porque explicações do "modus operandi" da blogosfera via messenger... não é assim muito prática... é contudo BEM divertida!"
(Espero que tenhas acordado a horas... qualquer dia tás como eu... cada dia a dormir menos!)
1º e mais dificil decisão: o NOME... o nome do blog é sempre o que de pior existe... como disse, é mais fácil dar um nome a um filho que a um blog... entretanto, ficámos a saber que eu gosto de inês, beatriz e gonçalo e ele de abigail, rute e filipe (essa eterna mania que os homens têm de se prolongar nos filhos...). Depois de algumas hipóteses, chegámos AO nome... giro, que soa bem, que tem a ver com o dono e que não está já atribuido (sim, porque se no mundo existem muitas beatrizes e muitos filipes... blogs com o mesmo nome, assim, igualzinho, igualzinho... não há!).
A partir deste momento veio a parte mais complicada... "como é que eu ponho a foto assim como tu tens ao lado do meu nome em pequenino?" Buscas e mais buscas, porque isto é quase como um cego a guiar outro cego (é mais um miope a guiar o cego... menos mal) e lá chegámos a uma conclusão... depois de termos falhado a primeira tentativa (a foto era muito pesada) lá conseguimos à segunda... o messenger volta a piscar... "não aparece... o que é que faço?". Mais umas dicas e ei-lo! O rapaz já tem um blog e eu serei uma assuídua presença pelas notas que por lá se tocam... Mas quando passarmos à fase seguinte de formatação (ai os templates...) a ver se a fazemos cara a cara porque explicações do "modus operandi" da blogosfera via messenger... não é assim muito prática... é contudo BEM divertida!"
(Espero que tenhas acordado a horas... qualquer dia tás como eu... cada dia a dormir menos!)
mais um...
Meus amigos... mais um que foi mordido pelo bichinho...
Força nisso filipinho, estou ansiosa por saber que breves músicas vão passar por aí!
Força nisso filipinho, estou ansiosa por saber que breves músicas vão passar por aí!
3.4.06
2.4.06
1.4.06
arquitectos...
Existem na Natureza seres vivos noctívagos: morcegos, melgas, lobisomens,guardas nocturnos, mulheres da vida, chulos, pessoal das discotecas e arquitectos. É vê-los estes últimos, madrugada alta, nas tascas e estações de serviço abertas, a engolirem tostas mistas e a sorverem uma quantidade prodigiosa de cafés. Isto acontece porque têm trabalhos para entregar e, como o dia só tem vinte e quatro horas, trabalham de noite (?). Não seria desagradável de todo não fosse terem de continuar a trabalhar no dia seguinte.
De resto, pelo que tenho ouvido dizer, pautam-se por um intenso convívio profissional e social e são, ao contrário do que possa parecer, extremamente produtivas. Dizem-me também que, embora não haja duas directas iguais, existem invariáveis em todas as "sessões". São assim as directas dos arquitectos: Os preparativos são fundamentais - cigarros para toda a noite, música, alguma coisa para beber. A primeira fase, até às 2h00, é fácil de vencer. É nesta altura que a fome ataca, o que se resolve bem (o cafézinho da esquina fecha a essa hora). Após duas tostas de queijo, um prego no pão, dois finos e três cafés, o pessoal está apto a continuar a noitada. Neste momento, os mais tinhosos inventam desculpas parvas para se retirarem e ficam só os bons, que prosseguem alegremente noite adentro. A etapa seguinte é mais dura. Em primeiro lugar liga-se o rádio para distrair porque já estão todos fartos de ouvir sempre os mesmos cd's que o Chico trouxe (nome invariável). Infelizmente, os programas são todos execráveis a partir das três da manhã! E volta-se aos cd's do Chico... Nesta altura, atraiçoados por uma tão grande alteração do biorritmo, os intestinos dos mais sensíveis queixam-se, obrigando o pessoal a idas frequentes ao W.C. Há alguns que aproveitam mesmo esta ida à casinha para passar pelas brasas (uma vez encontraram o Chico a dormir enrolado no chão com a cabeça em cima de um rolo de papel higiénico - foi descoberto porque ressonava!) Mas já são seis da manhã. É a fase derradeira e mais violenta, quando o cansaço se torna difícil de vencer e o trabalho rende menos. Nesta altura, fartos dos cd's, voltam a ligar o rádio, verificando com consternação que todas as estações estão a transmitir o boletim para a agricultura. O que vale é que o outro café abre às sete e meia. O dia nasce e o trabalho nem sequer está perto do fim...Torna-se imperioso uma segunda directa, o que já não é para toda a gente. Muito menos a terceira, onde se vê quem são os valentes... O episódio que me contaram passou-se, precisamente, na terceira directa consecutiva. O pessoal estava mortiço: tinham os olhos em bico e o ritmo de trabalho era muito lento. Às três da manhã tocou a campainha. O Chico foi abrir, arrastando-se até à porta. Era o Zé Manel (outro nome invariável) da sala ao lado que também estava a fazer directa. Trazia uma garrafa de bagaço lá da terra dele. "Serve para dar ânimo - uma autêntica poção mágica!", disse eufórico. Todos beberam daquilo, brindando. E, gradualmente, operou-se uma mudança radical na sala. Num crescendo inexorável, o pessoal começou a ganhar vivacidade: uns assobiavam e cantarolavam, outros contavam anedotas; davam-se palmadas nas costas; o optimismo reinava e o moral da tropa era elevado; o trabalho, esse progredia a um ritmo esfuziante - não é que o raio da beberagem tinha mesmo estimulado? Mas, tão subtilmente como crescera, o ritmo tornou a decair. Os assobios morreram nos lábios e o ambiente tornou-se pastoso - podiam ouvir-se as moscas por entre as nuvens do fumo do tabaco. Subitamente, um enorme estrondo! Era o Chico que se tinha estatelado no chão. Adormeceu a meio de uma linha mas continuou a desenhar até que ultrapassou a beira do estirador... Ao seu lado jazia a caneta com que desenhava, bico cravado no soalho. O trabalho parou imediatamente e foram levá-lo ao hospital onde dormiu quarenta e oito horas seguidas. Quanto aos outros, foi cada um para sua casa de táxi, não fossem acontecer coisas mais graves... Tudo isto é absolutamente verdadeiro. (Obrigado pela história, Manel!)
(não sei se é verdade ou não... mas de certeza que, se esta não é... há outras que tais que o serão...)
De resto, pelo que tenho ouvido dizer, pautam-se por um intenso convívio profissional e social e são, ao contrário do que possa parecer, extremamente produtivas. Dizem-me também que, embora não haja duas directas iguais, existem invariáveis em todas as "sessões". São assim as directas dos arquitectos: Os preparativos são fundamentais - cigarros para toda a noite, música, alguma coisa para beber. A primeira fase, até às 2h00, é fácil de vencer. É nesta altura que a fome ataca, o que se resolve bem (o cafézinho da esquina fecha a essa hora). Após duas tostas de queijo, um prego no pão, dois finos e três cafés, o pessoal está apto a continuar a noitada. Neste momento, os mais tinhosos inventam desculpas parvas para se retirarem e ficam só os bons, que prosseguem alegremente noite adentro. A etapa seguinte é mais dura. Em primeiro lugar liga-se o rádio para distrair porque já estão todos fartos de ouvir sempre os mesmos cd's que o Chico trouxe (nome invariável). Infelizmente, os programas são todos execráveis a partir das três da manhã! E volta-se aos cd's do Chico... Nesta altura, atraiçoados por uma tão grande alteração do biorritmo, os intestinos dos mais sensíveis queixam-se, obrigando o pessoal a idas frequentes ao W.C. Há alguns que aproveitam mesmo esta ida à casinha para passar pelas brasas (uma vez encontraram o Chico a dormir enrolado no chão com a cabeça em cima de um rolo de papel higiénico - foi descoberto porque ressonava!) Mas já são seis da manhã. É a fase derradeira e mais violenta, quando o cansaço se torna difícil de vencer e o trabalho rende menos. Nesta altura, fartos dos cd's, voltam a ligar o rádio, verificando com consternação que todas as estações estão a transmitir o boletim para a agricultura. O que vale é que o outro café abre às sete e meia. O dia nasce e o trabalho nem sequer está perto do fim...Torna-se imperioso uma segunda directa, o que já não é para toda a gente. Muito menos a terceira, onde se vê quem são os valentes... O episódio que me contaram passou-se, precisamente, na terceira directa consecutiva. O pessoal estava mortiço: tinham os olhos em bico e o ritmo de trabalho era muito lento. Às três da manhã tocou a campainha. O Chico foi abrir, arrastando-se até à porta. Era o Zé Manel (outro nome invariável) da sala ao lado que também estava a fazer directa. Trazia uma garrafa de bagaço lá da terra dele. "Serve para dar ânimo - uma autêntica poção mágica!", disse eufórico. Todos beberam daquilo, brindando. E, gradualmente, operou-se uma mudança radical na sala. Num crescendo inexorável, o pessoal começou a ganhar vivacidade: uns assobiavam e cantarolavam, outros contavam anedotas; davam-se palmadas nas costas; o optimismo reinava e o moral da tropa era elevado; o trabalho, esse progredia a um ritmo esfuziante - não é que o raio da beberagem tinha mesmo estimulado? Mas, tão subtilmente como crescera, o ritmo tornou a decair. Os assobios morreram nos lábios e o ambiente tornou-se pastoso - podiam ouvir-se as moscas por entre as nuvens do fumo do tabaco. Subitamente, um enorme estrondo! Era o Chico que se tinha estatelado no chão. Adormeceu a meio de uma linha mas continuou a desenhar até que ultrapassou a beira do estirador... Ao seu lado jazia a caneta com que desenhava, bico cravado no soalho. O trabalho parou imediatamente e foram levá-lo ao hospital onde dormiu quarenta e oito horas seguidas. Quanto aos outros, foi cada um para sua casa de táxi, não fossem acontecer coisas mais graves... Tudo isto é absolutamente verdadeiro. (Obrigado pela história, Manel!)
(não sei se é verdade ou não... mas de certeza que, se esta não é... há outras que tais que o serão...)
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